Chandigarh e Brasília se assemelham por adotarem os preceitos da carta de Athenas: segregação das atividades em zonas especializadas, organização das áreas residências em unidades de vizinhanças, segregação do transito de pedestres e de veículos e a cidade jardim.
Enquanto manifestações históricas e representatividade idealista são correspondentes, porém diferenciam-se em alguns aspectos estéticos.
Centralidade
Brasília: desenho determina centralidade.
Chandigarh: nenhuma parte, direção ou forma, prevalece sobre a outra, cada um possui importância e significação distinta. Mesmo o Leasure Valley, está localizado em uma depressão, não determinando um centro.
Axialidade
Brasília: o sistema axial identifica as divisões: setor monumental, setor residencial e centro urbano. Ao longo dos eixos, a paisagem se diferencia, colaborando para tal identificação de cada setor. A axialidade está condicionada ao programa arquitetônico/urbanístico.
Chandigarh: o sistema axial, os 7s, homogeneíza e neutraliza os setores. Os muros e colinas camuflam as particularidades da paisagem que poderiam diferenciar cada setor. Os setores estão dispostos na malha sem distinção. O programa é condicionado a um princípio geométrico.
Comodulação
Brasília: o módulo (superquadra) resulta de uma densidade pré-determinada, não há variações. Origina-se da conveniência e adequação a fatores contingentes.
Chandigarh: o módulo (setor) oscila em densidade de ocupação. Origina-se do potencial abstrato-geométrico-compositivo.
Traçado Regulador
Brasília: o traçado regulador articula as diversas escalas (cotidiana, gregária e monumental).
Chandigarh: o setor monumental tem traçado regulador próprio, distinto dos outros setores.